Autoridades obrigam cidadãos a trabalharem no campo sem alimentação adequada

Fonte: Portas Abertas

Após um duro inverno, a Coreia do Norte passa por uma nova crise de falta de alimentos. Os depósitos de armazenamento estão esgotados e, em resposta a isso e para tentar reabastecer os depósitos de alimento, o governo norte-coreano lançou uma “campanha de mobilização rural”, que “convida” soldados e pessoas que não faziam parte da agricultura para trabalhar nas plantações.  

O trabalho na agricultura costuma ser muito difícil, com jornadas longas de trabalho duro e, com frequência, de estômago vazio. Os agricultores enfrentam a falta de pessoas para trabalhar no campo ainda mais sem a garantia do alimento durante o trabalho. 

Importação de arroz 

Para amenizar a crise, o governo prometeu importar arroz, mas isso não alimenta esperança dos norte-coreanos. “Cristãos norte-coreanos contaram que a comida importada é distribuída primeiro entre os altos oficiais do governo e depois para os soldados. Apenas uma pequena parte vai para o mercado para as pessoas comuns. Por isso a fome é permanente em todo o país”, conta o parceiro Simon.  

O preço dos alimentos também aumentou exponencialmente. Um quilograma de milho, por exemplo, custa 2.500 wons norte-coreanas (aproximadamente 3 dólares), o que equivale a praticamente metade do salário que um norte-coreano recebe por mês, que oscila entre cinco e dez mil wons.   

A perseguição a cristãos na Coreia do Norte

Na primeira posição da Lista Mundial da Perseguição há mais de 20 anos, a Coreia do Norte permanece um local extremamente hostil para os cristãos viverem. Se descobertos pelas autoridades, cristãos são enviados para campos de trabalho forçado como prisioneiros políticos, onde as condições são cruéis, ou mortos no local — a família deles compartilhará do mesmo destino. Cristãos não têm absolutamente nenhuma liberdade.

É quase impossível para cristãos se reunirem ou se encontrarem para cultuar. Aqueles que arriscam se encontrar devem fazer isso em sigilo absoluto — e sob enorme risco. Uma nova “lei do pensamento antirreacionário” torna amplamente claro que ser cristão ou possuir uma Bíblia é um crime sério e será severamente punido.  

Um relatório publicado em 2022 pela Associação Internacional de Advogados e Comitê de Direitos Humanos na Coreia do Norte disse que cristãos são alvos e expostos a tortura em prisões norte-coreanas. “Os períodos de detenção são documentados como sendo mais longos para os cristãos do que para outros grupos, testemunhas relataram que ‘cristãos identificados são interrogados por longos períodos, geralmente sob tortura’ e sujeitos a algumas das piores formas de tortura para forçá-los a incriminar outros durante o interrogatório”, afirma o relatório. 

O motivo para tal perseguição extrema é que o cristianismo é visto como uma ameaça específica à ideologia ditatorial e ao regime do país. Cristãos são vistos como inimigos da liderança governamental e da sociedade no geral.

O que a Portas Abertas faz pelo cristão norte-coreano

Os colaboradores secretos da Portas Abertas mantêm 80 mil cristãos norte-coreanos vivos com alimento vital e ajuda por meio de redes secretas na China, bem como fornecendo abrigo e treinamento de discipulado para refugiados norte-coreanos em casas seguras na China. 

Generosidade e amor 

Há testemunhos inspiradores de cristãos norte-coreanos que estão ajudando os vizinhos. Eles compartilham o alimento, remédios e outros itens de necessidade básica, mesmo que a comida não seja suficiente para eles próprios” diz Simon. 

“Os cristãos secretos estão praticando o amor de Deus nos bastidores e agradecem as orações e encorajamento da igreja livre. Toda a glória a Deus que tem alimentado os seus filhos nesse terrível período de fome”, conclui Simon. 

Você pode ajudar

Seguir a Jesus pode significar a privação de direitos humanos básicos como alimentos, água e remédios. Saiba como e ajude cristãos que vivem essa situação. Eles precisam saber que não estão sozinhos.

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