Conheça a realidade dos cristãos que vivem no extremo Norte de Camarões e como lidam com a perseguição
Fonte: portasabertas
Além de auxiliar na reconstrução de casas, igrejas e clínicas em Camarões, após ataques de grupos militantes islâmicos, a Portas Abertas também ajudou pessoas, como Madeleine, com subsídios para seus negócios. Com aproximadamente 40 anos, Madeleine perdeu muito nas mãos do Boko Haram. O filho Elie, de 25 anos, e o marido Paul, de quase 60 anos, foram mortos em 2015 no rastro de violência deixado pelo Boko Haram na fronteira. A casa em que viviam precisou ser abandonada e ela tem dificuldade para sobreviver com os outros cinco filhos. Porém, com a ajuda do subsídio da Portas Abertas, ela começou um pequeno negócio. De certa forma, isso a ajuda a sobreviver.
Paul, o ancião que conduz os cultos na igreja em Mayo-Tsanaga pede: “Ore por nós, para que a situação melhore. Apenas Deus e suas orações nos mantêm aqui. Pensamos se devemos partir, mas alguns de nós viveram a vida toda aqui. Como podemos começar de novo? Ore para que Deus nos ajude e fortaleça diante da perseguição”.
Enquanto alguns escolheram partir, muitos ficaram pelo bem da família e renda, se arriscando a serem mortos, saqueados ou intimidados. Eles podem apenas esperar e orar para que, em breve, possam viver em paz novamente. Um desses cristãos é Aba Elie, de 55 anos, pai de 12 filhos. A resiliência existente nele brilha enquanto fala. De alguma forma, ele continua alimentando a família apesar de já ter passado por cinco ataques. Ainda assim, permanece cheio de fé: “Deus está concosco”, ele diz.
Os ataques são contínuos nessa região de Camarões e tiraram a vida de ao menos 22 cristãos, entre 1 de dezembro de 2019 e 19 de janeiro de 2020. “Todos os dias, militantes tentam se infiltrar na área. Não há um dia em que não ouvimos tiros. Eu mandei todos os meus filhos embora. Só ficamos eu e minha esposa, e não podemos dormir. Ficamos apenas acordados para ver o que acontecerá”, relatou um pastor em Mayo-Tsanaga.
Aconselhamento pós-trauma para mulheres
Isso não acontece apenas em Camarões, mas em diversos países da África Subsaariana. Dentre os cristãos, as mais vulneráveis são as mulheres, que além de enfrentarem os ataques ou mesmo sequestros, ainda precisam lidar com situações como a morte de maridos e filhos, quando não há tantas oportunidades de trabalho para mulheres. Aqueles que sobrevivem precisam de cura para o trauma em todas as áreas da vida. Com uma doação, você permite que uma mulher sobrevivente receba assistência imediata durante um mês.
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