Com braço amputado, jovem cristão egípcio perde a esperança, mas é surpreendido por Jesus
Fonte: Portas Abertas
Hoje é o Dia da Revolução do Egito, quando o país deixou de ser uma monarquia e tornou-se uma república em 1952. Apesar de diversas mudanças políticas e sociais, os cristãos costumam ser tratados como cidadãos de segunda classe e isso influencia até no mercado de trabalho.
Baher e toda a sua família são cristãos e sempre enfrentaram perseguição na região do Alto Egito (região norte do vale do Rio Nilo). Aos 13 anos, ele precisou arriscar a vida diariamente ao trabalhar em uma pedreira, juntamente com seu irmão mais velho. Ele parou de ir à escola, porque os pais não puderam pagar sua educação e estavam doentes.
“Os jovens de nossa comunidade estão sempre sob intensa pressão. Somos obrigados a trabalhar na pedreira, pois não há outra alternativa de trabalho. Tive medo só de pensar em ingressar no trabalho do meu irmão, mas a escolha não foi minha. Trabalhar nas pedreiras é assustador e horrível. Todos os anos, vemos várias mortes e feridos por causa das condições de trabalho”, conta o cristão.
O fim da esperança
Em um dia de verão, Baher estava carregando pedras quando foi atingido por uma máquina. O jovem cristão foi levado para o hospital e dias depois descobriu que havia perdido um dos braços. “Eu realmente percebi o tamanho do desastre quando cheguei em casa inválido. Desisti da vida. Eu me odiava e odiava a Deus porque pensava que ele era a razão de tudo o que me acontecia. Ele não era bom para mim, culpei Deus”, revela Baher.
O cristão tem quatro irmãs, mas elas não podem trabalhar, pois vivem em uma comunidade islâmica rígida que não permite que garotas e mulheres estudem e nem trabalhem. “Espera-se que as mulheres se casem, sirvam e satisfaçam exclusivamente as necessidades e expectativas de seus maridos”, explica o jovem.
Seis anos depois do acidente de Baher, o irmão dele adoeceu, mas o empregador não permitiu que ele descansasse e nem procurasse um médico. Com fortes dores, os pulmões do trabalhador estavam cheios de poeira inaladas no trabalho. Por ter que suportar a situação, o irmão de Baher ficou com os batimentos acelerados e morreu no hospital, enquanto o médico foi pegar o estetoscópio para fazer os primeiros exames.
A revolta de Baher contra Deus só aumentou e ele deixou de frequentar a igreja local. Mas apesar do desânimo, ele tentou sustentar a própria família, a cunhada e os sobrinhos. “Comecei a transportar cascalho, areia e outros materiais leves de construção. No entanto, ninguém queria me contratar”, afirma.
Socorro na angústia
Baher se sentiu impotente por não conseguir sustentar sua família com suas próprias forças. Ele ainda não conseguia perceber o cuidado e a provisão de Deus com ele, mas um dia foi visitado pelos parceiros locais da Portas Abertas.
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