O país passa por uma crise política e de liberdade religiosa e subiu mais de 30 posições na Lista Mundial da Perseguição
Em um relatório divulgado na semana passada, o Conselho Norueguês para Refugiados disse que 1 milhão de pessoas já foram deslocadas internamente em Burkina Faso. Quase meio milhão deles (453 mil para ser exato) foram deslocados este ano.
Esse aumento é principalmente devido à violência de grupos radicais islâmicos variados que atuam no norte e no leste do país. Os ataques de jihadistas e a perseguição a cristãos se agravaram pela falta de água, devido a escassez de chuvas, e as restrições da Covid19.
Essas circunstâncias deixaram um grande número de burquinenses passando fome, e muitos deles são cristãos.
A Portas Abertas visitou Burkina Faso no início deste ano (antes que os bloqueios da Covid19 fossem estabelecidos) para encorajar os cristãos e pesquisar o efeito da violência na Igreja. A equipe encontrou com membros da igreja, líderes e pastores de 14 áreas diferentes no norte, leste e sudoeste do país e ouviu histórias sobre como os ataques dos grupos radicais e o deslocamento forçado causou dor e de traumas a esses cristãos.
O pastor Karim*, que trabalha como evangelista no Norte, resumiu a situação: “De Djibo a Dori (formando o triângulo nordeste do país), você não encontrará igrejas abertas. Os cristãos fugiram para diferentes campos de refugiados ou cidades seguras como Kaya, Kongoussi, Sapouy, Djibo, Ye, Ouagadougou, etc. Quase nenhum cristão pode ser encontrado em campos de refugiados. Eles sempre irão à igreja quando chegarem em busca de ajuda, o que torna difícil para eles se beneficiarem das doações ou da ajuda distribuída aos deslocados por meio da prefeitura e dos serviços sociais”.
A Portas Abertas está organizando assistência emergencial em todos os nossos países em que mantém projetos na África Ocidental. Entre elas estão 872 famílias do norte de Burkina Faso, que se beneficiarão alimentos, roupas, medicamentos e itens de necessidades básicas.
Para ajudar este e outros cristãos que estão em necessidade, principalmente durante a pandemia do Covid-19, acessse www.portasabertas.org.br/doe/campanhas/covid-19
*Nome alterado por motivo de segurança