O mundo todo vem falando nos últimos meses sobre a perseguição generalizada contra os muçulmanos da etnia Rohingya pelos militares de…

O mundo todo vem falando nos últimos meses sobre a perseguição generalizada contra os muçulmanos da etnia Rohingya pelos militares de Mianmar. Classificado como “genocídio” e “limpeza étnica” pela ONU, foi igualmente condenada pelo papa Francisco, que visitou o país em 2017.

Contudo, a etnia Kachin, majoritariamente cristã está enfrentando um “genocídio silencioso”, com registros de milhares de mortes nos últimos meses, enquanto a mídia ignora o assunto. Uma situação muito similar a da guerra na Síria e Iraque, onde o Estado Islâmico massacrava todas as minorias religiosas, mas apenas o que acontecia com os yazidis recebia atenção.

Na época, a ONU, inclusive, recusou-se a reconhecer que havia um genocídio contra cristãos, embora fosse o grupo mas atingido.

A equipe de investigação da Sky News conseguiu viajar e documentar a situação, mostrando testemunhos dos moradores locais, que falaram sobre como “segunda campanha genocida” está em andamento. A emissora diz que o governo tenta dificultar o acesso dos jornalistas e agências de ajuda à região.

Os moradores da região relatam que os ataques aumentaram significativamente desde janeiro. Aldeias são invadidas, casas incendiadas e eles não poupam nem as crianças do massacre. “Estou convencido de que o governo está tentando limpar etnicamente o povo Kachin”, disse Lashi Ókawn Ja, mãe de quatro filhos. “Sempre que eles identificam alguém do nosso povo, tentam nos matar. Estupram as mulheres, mesmo as que estão grávidas”.

O general Sumlut Gunmaw, vice-presidente do Conselho de Independência de Kachin, ressalta que o governo está submetendo seu povo a uma grande perseguição. “Talvez suas ações contra nós não sejam tão intensas quanto a violência contra os rohingya, mas suas intenções são as mesmas. Eles querem nos eliminar”, lamentou.

A missão Portas Abertas, que coloca Mianmar em 24ª no ranking dos países onde os cristãos sofrem a pior perseguição em todo o mundo, já alertou para a grande violência contra os Kachin.

Segundo a Portas Abertas, os movimentos budistas radicais, como o Ma Ba Tha, frequentemente visam seguidores de Cristo como seus inimigos, por representarem uma religião “estrangeira”.

O ativista dos direitos humanos San Htoi, advertiu que uma “guerra invisível” está ocorrendo e acusou a mídia internacional de se concentrar apenas na crise Rohingya, ignorando a situação dos Kachin. Com informações de Christian Post

Fonte: https://noticias.gospelprime.com.br

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