“Prisioneiros de consciência” sofrem nas prisões vietnamitas
O pastor Nguyen Cong Chinh sempre terá uma cicatriz em sua cabeça para lembrá-lo dos anos em que ficou preso, sendo espancado e torturado com regularidade por se “atrever” a pregar o Evangelho, contrariando o governo comunista do Vietnã.
Chinh foi preso mais de 200 vezes ao longo de três décadas, após várias acusações falsas, como “minar a solidariedade nacional” quando fez discursos defendendo os direitos humanos e a liberdade religiosa. Graças à pressão da comunidade internacional, o pastor que fundou a Sociedade Evangélica do Povo do Vietnã foi libertado no ano passado e obrigado a sair do país junto com sua família.
Eles agora vivem nos Estados Unidos e vem dando testemunhos em várias igrejas sobre suas terríveis experiências e denunciando as prisões ilegais de 170 outros “prisioneiros de consciência” na República Socialista do Vietnã.
“Nas prisões do Vietnã, os prisioneiros de consciência se saem pior do que os criminosos comuns”, alertou. “Eles estão sujeitos a várias medidas, como confinamento solitário, impureza na água, falta de comida, falta de acesso a cuidados médicos, acesso negado a suas famílias e são proibidos de outras atividades com outros detentos”.
Felizmente para Chinh, ele não morreu como resultado de maus-tratos dentro das prisões vietnamitas. No entanto, sabe muito bem como é ser espancado brutalmente por funcionários do governo e passar cerca de um mês trancado em confinamento solitário, onde sua saúde se deteriorou rapidamente.
“Os guardas batem muito, a ponto de muitos dos prisioneiros cristãos ficarem doentes, machucados, incapacitados e alguns deles até morreram”, disse ele ao The Christian Post após a cúpula, acrescentando que há muitas formas diferentes de espancamento.
Além da violência direta, os funcionários da prisão também usam presos violentos como “ferramentas” para punir os “prisioneiros de consciência”, como são chamados os cristãos e opositores do sistema.
Prisioneiros de consciência
As autoridades submeteram o pastor a vários tipos de tortura psicológica, incluindo mentir que sua esposa, Tran Thi Hong, havia sido infiel enquanto ele estava na prisão. Em 2016, ela foi presa e torturada depois que denunciou à comunidade internacional as violações dos direitos humanos de seu marido.
No final do evento, Chinh revelou que a última vez que foi condenado à prisão, em 2011, estava tentando investigar a morte de líderes cristãos que ele acreditava terem sido “torturados até a morte”.
“Gostaria que as nações livres aumentassem a pressão diplomática e usar de sanções para pressionar Hanói a libertar todos os prisioneiros de consciência”, declarou Chinh durante a cúpula.
O Vietnã ocupa o 18º lugar no ranking mundo de perseguição de cristãos, de acordo com a Portas Abertas.
Fonte: https://noticias.gospelprime.com.br
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