Os perseguidores exigiram uma taxa de mil dólares para não perseguir os cristãos
Cristãos indígenas mexicanos enfrentam severas punições e podem ser até mesmo expulsos das comunidades pelo simples fato de crer em Jesus. Ao deixar de seguir algumas tradições e costumes, eles são excluídos da comunidade onde cresceram e assim enfrentam o sentimento de solidão e angústia.
No dia 25 de maio, cinco famílias se reuniram com parceiros da Portas Abertas na cidade para receberem o apoio de que precisavam. No encontro, eles contaram que perseguidores exigiram o pagamento de uma taxa de 1.389 dólares por família para que a perseguição pare e os cristãos não sejam expulsos da comunidade.
A ameaça exige o pagamento dessa enorme quantia em até dois meses. Os parceiros locais estão ajudando os cristãos a estabelecerem projetos produtivos para que as famílias consigam se proteger e ter o sustento de que precisam e para se libertarem dos perseguidores, pois a terra e as colheitas das famílias cristãs foram tomadas antes da extorsão.
Desde janeiro deste ano, ao menos 10 famílias cristãs foram privadas do acesso a água potável e eletricidade na comunidade de San Isidro (pseudônimo). Muitos cristãos deixaram a região por causa da violência física, dos roubos nas colheitas e ameaças de expulsar as crianças da escola.
A Perseguição no México
O México é o 38º país na Lista Mundial da Perseguição 2023, documento anual produzido e publicado pela Portas Abertas que classifica os 50 países onde os cristãos são mais perseguidos no mundo.
Além da perseguição por viver em uma comunidade indígena tradicionalista, o cristão mexicano também enfrenta perseguição por parte de gangues de crime organizado.
Estima-se que existam 150 gangues de crime organizado no México. Elas são financiadas por cartéis de drogas poderosos. Os cristãos que vivem nas regiões onde esses grupos dominam vivem ameaçados. Os líderes cristãos são particularmente vistos como ameaças ou desafios para a autoridade e a estabilidade das gangues.
Quando cristãos se recusam a atender os pedidos das gangues ou pregam contra a criminalidade, as igrejas se tornam alvos das gangues. A impunidade e a instabilidade política contribuem para o sistema falho de justiça. Muitos pastores e líderes cristãos foram sequestrados e ficaram presos até o pagamento de resgates. Outros sofrem agressões físicas graves e são assassinados.
Nas áreas rurais, cristãos recém-convertidos, que saem de um contexto ancestral e tradicional (a maioria ligada à fé católica romana), podem ser agredidos, multados, assediados, rejeitados, forçados a deixar a comunidade e ter o acesso a serviços públicos negado.
Como ajudar
A Portas Abertas fortalece cristãos perseguidos no México por meio de treinamentos bíblicos, suporte legal, cuidados pós-trauma e ajuda socioeconômica. Acesse o link para saber mais e ajudar cristãos mexicanos e nos mais de 60 países em que a Portas Abertas atua.
História da Foto
Em 2021, foi organizada uma marcha de protesto de cristãos deslocados em Chiapas. O Estado é onde os cristãos são mais perseguidos e expulsos de suas comunidades. Duzentas vieram de Los Altos e mais mil de igrejas locais livres de perseguição, mas que os apoiavam. A marcha terminou em frente ao edifício do Governo, mas os representantes do Governo não se mostraram interessados e não receberam os líderes da Marcha / Crédito: Portas Abertas
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