O número de fugas do país que mais persegue cristãos no mundo chegou a quase zero no primeiro trimestre de 2021
Fonte: Portas Abertas
A chegada de fugitivos da Coreia do Norte na Coreia do Sul quase atingiu o nível zero, no segundo trimestre de 2021. O Ministério da Unificação da Coreia do Sul disse que apenas um homem e uma mulher conseguiram chegar a Seul, capital do país, entre abril e junho. Isso é ainda menor do que no primeiro trimestre deste ano, quando 31 norte-coreanos conseguiram chegar na capital do sul, 14 mulheres e 17 homens.
Um dos motivos dos números baixos é que as divisas de países da rota de fuga como Mongólia, Vietnã, Laos, Camboja e Tailândia foram fechadas devido a pandemia da COVID-19. No entanto, a principal causa desta situação é o bloqueio completo da Coreia do Norte de suas fronteiras na tentativa de evitar infecções pela COVID-19. Caso alguém desobedeça ao governo comunista, os soldados têm ordens de atirar para matar.
Ao mesmo tempo, a China repatriou 50 fugitivos norte-coreanos para a Coreia do Norte na quarta-feira, 14 de julho. Eles serão questionados se foram aos cultos da igreja ou oraram enquanto estavam na China. Esta é a pergunta mais importante para a polícia norte-coreana, pois não permitem que nenhum cristão acabe em celas normais das penitenciárias. O destino deles são os campos de trabalhos forçados para prisioneiros políticos.
Qualquer que sejam as respostas que os fugitivos derem, eles acabarão em campos de prisioneiros, onde provavelmente morrerão por execução ou como resultado das terríveis condições e maus tratos. Há vários outros norte-coreanos em Shenyang, Tumen e outros centros de detenção na China, que também esperam para ser enviados de volta para a Coreia do Norte e devem enfrentar o mesmo destino.
Houve uma longa campanha da comunidade internacional para levantar a questão com as autoridades chinesas, e para pedir que os fugitivos norte-coreanos sejam deportados para a Coreia do Sul, onde receberiam a cidadania como parte da política “Uma Coreia”, ao invés de voltar para o país comunista.
Perseguição na Coreia do Norte
A Coreia do Norte é o país que mais persegue cristãos no mundo, segundo dados da pesquisa que gera a Lista Mundial da Perseguição 2021. Desde 2002, o país lidera o ranking dos 50 países que mais perseguem cristãos no mundo.
Os cristãos norte-coreanos continuam a enfrentar perseguição extrema em todas as áreas da vida pública e privada. Um sistema complexo foi desenvolvido no país para expor os cristãos locais. Ele envolve polícia, serviço secreto, espiões e informantes. Toda vila, povoado ou cidade é dividida em vizinhanças e cada uma possui uma unidade. O líder da unidade precisa fazer relatórios sobre os moradores e entregá-los à polícia. Por causa do monitoramento, cada cristão se encontra apenas com um irmão na fé por vez e é preciso ter uma boa razão para isso, caso contrário, podem ser delatados ou investigados.
Embora as autoridades norte-coreanas afirmem que a COVID-19 teve pouco impacto no país, os norte-coreanos a chamam de “doença fantasma” porque as pessoas já estão tão desnutridas que morrem muito rapidamente de COVID-19. A pandemia levou a uma segurança mais rígida na fronteira com a China e ao controle do mercado negro, que muitos usam para sobreviver.
Ser descoberto como um cristão é uma sentença de morte na Coreia do Norte. Se um cristão não for morto instantaneamente, será levado para um campo de trabalho forçado como um criminoso político. Essas prisões têm condições terríveis, e são poucos os que saem de lá vivos. Qualquer um da família receberá a mesma punição. Fontes relatam que Kim Jong-un, líder do país, expandiu o sistema de segurança dos campos de prisão, onde estima-se que 50 a 70 mil cristãos estão presos atualmente.
Atuação da Portas Abertas
Os colaboradores secretos da Portas Abertas estão mantendo vivos cerca de 90 mil cristãos norte-coreanos com alimento e ajuda básica através de suas redes na China. Eles também fornecem Bíblias, treinamento por meio de programas de rádio cristãos, abrigo e treinamento para refugiados norte-coreanos na China.
Você pode ajudar
Além de orar por eles, você pode ajudar a manter projetos de apoio aos cristãos norte-coreanos por meio de doações.
Além da fome espiritual, a falta de alimento físico é uma realidade na Coreia do Norte desde os anos 1990. Por isso, eles geralmente fogem para a China para conseguir comida e então voltam. Com base nessa situação, a Portas Abertas oferece alimento, remédios e roupas para cristãos norte-coreanos que fogem para a China. Doe agora e sacie a fome de cristãos da Coreia do Norte. Sua doação fornece alimento, remédios e roupas para cristãos norte-coreanos refugiados na China.
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