Você tem a oportunidade de enviar um cartão para Naser Navard Gol-Tapeh e outros três cristãos condenados no Irã
Fonte: portasabertas
Naser Navard Gol-Tapeh, de 57 anos, é um cristão ex-muçulmano do Irã que está cumprindo pena de dez anos de prisão por “atividades missionárias”. Ele foi preso pela primeira vez em junho de 2016, junto com três cristãos do Azerbaijão, durante uma batida policial em uma festa de casamento. Um ano depois, os quatro foram condenados, mas os outros três voltaram ao seu país de origem e não precisaram cumprir pena no Irã.
A decisão sobre o caso de Gol-Tapeh foi baseada em evidência dada pelo Ministério de Inteligência do Irã. Mas o advogado dele não teve acesso aos documentos contendo as evidências e eles também não foram apresentados durante a audiência, de acordo com o site Mohabat News.
Em novembro de 2017, Gol-Tapeh perdeu sua apelação da sentença e foi enviado à notória prisão de Evin, na capital Teerã, em janeiro de 2018. Desde então, ele já pediu tratamento médico várias vezes, mas as autoridades negaram, segundo informa a Article 18 (organização sem fins lucrativos com base em Londres, que defende a liberdade religiosa).
Gol-Tapeh é um dos cristãos presos no Irã para quem você tem a oportunidade de escrever. Por meio da nossa campanha de cartões, você vai poder colocar em prática o que a palavra de Deus diz sobre lembrar-se dos que estão na prisão como se aprisionados com eles. Além de Gol-Tapeh, há outros cristãos condenados no Irã para quem suas palavras de encorajamento podem levar alento. Conheça a campanha, ore por eles e escreva seu cartão até 18 de outubro.
Em agosto de 2018, Gol-Tapeh enviou uma carta-aberta às autoridades iranianas perguntando como atividades cristãs poderiam ser consideradas atividades contra o Estado. Leia abaixo a carta na íntegra:
Graças a Deus que, por sua maravilhosa misericórdia, nos chama a uma nova vida em Cristo Jesus, para uma viva e eterna esperança; o pai de todas as coisas boas, cujo nome é santo.
Está escrito em seu livro sagrado: “Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois não há autoridade que não venha de Deus; as autoridades que existem foram por ele estabelecidas. Portanto, aquele que se rebela contra a autoridade está se colocando contra o que Deus instituiu, e aqueles que assim procedem trazem condenação sobre si mesmos”. Romanos 13.1,2
Minha pergunta às autoridades, juízes e interrogadores do Ministério de Inteligência, que são os olhos do governo do meu país, é esta: seria mesmo possível que um cristão comprometido – que nasceu e foi criado no Irã, cujos ascendentes viveram nessa terra por milhares de anos e é um servo do Deus que o chamou ao ministério da reconciliação – agisse contra a segurança nacional de seu próprio país?
A minha acusação afirma: “Ações contra a segurança nacional através do estabelecimento de igrejas domésticas”. A comunhão de uns poucos irmãos e irmãs cristãos na casa de alguém, cantando canções de adoração, lendo a Bíblia e adorando a Deus seria agir contra a segurança nacional?
Não é uma clara violação dos direitos humanos e civis e uma absoluta injustiça receber uma pena de dez anos de prisão somente por organizar “igrejas domésticas”, que são um santuário santificado como um lugar para louvar e adorar a Deus devido ao fechamento das igrejas no Irã?
Mas eu louvo a Deus por ele transformar todas as coisas em bênçãos. Porque agora está claro para todos, inclusive autoridades, juízes, advogados e os outros prisioneiros comigo, que eu estou na prisão por causa da minha fé em Jesus Cristo. Isso servirá para o avanço do evangelho.
Portanto, antes de mais nada, eu abençoo os que me perseguiram e me prenderam, e espero que um dia as verdades da palavra de Deus, que é boa para edificação, os salve. Em segundo lugar, agradeço a Deus em perfeita alegria e paz por me considerar digno de estar aqui por causa da minha fé e testemunho de Jesus Cristo. Eu confio no Deus todo-poderoso, que é poderoso para ressuscitar os mortos, e ansiosamente aguardo seu retorno. Ele pode me preservar e me manter firme.
Eu sinceramente agradeço a todos os meus irmãos e irmãs em Cristo que me dão graça ao me ajudar com suas orações, que são como um aroma agradável a Deus. Eu continuamente os relembro em minhas orações. Eu sei que por causa das orações deles e a ajuda e direção do Espírito Santo eu serei libertado e não serei envergonhado.
Servo do Senhor,
Naser Navard
Prisão de Evin
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