ONGS se manifestam, exigindo ação do governo em relação à onda de violência       

No último domingo (20), pelo menos dez pessoas morreram em um ataque próximo à cidade de Mbangkoro no estado de Kivu do Norte, na República Democrática do Congo. Era cerca de 6h da manhã quando homens armados e uniformizados começaram a atirar nos habitantes. Eles queimaram um carro, mantando algumas pessoas que estavam dentro. Outros ficaram feridos, enquanto os agressores atiravam ao léu. Eles saquearam lojas, inclusive uma farmácia. Freiras que ocuparam o veículo incendiado estão desaparecidas.

O presidente da coalizão de organizações da sociedade civil em Beni, pastor Gilbert Kambale, disse que o número de mortes pode ser mais alto. Ele também reportou a inabilidade dos agentes da ONU de proteger os civis. Numerosos grupos armados atuam no Congo e são responsáveis por atos violentos generalizados, como assassinatos, estupros, saques e sequestros. Mês passado, Organizações Não-Governamentais (ONGs) do Kivu do Norte reiteraram seu apelo ao presidente Joseph Kabila para parar as constantes mortes, que segundo eles atingiram mais de 2,5 mil vidas nos últimos três anos. Foram registrados 7.376 casos de abuso sexual contra mulheres e crianças.

Em carta aberta ao presidente, as ONGs disseram que o número de mortes mais que dobrou em um ano, indo de 1.116 em maio de 2017 para 2.459 em abril de 2018. Isso representa uma proporção de 57 pessoas mortas por mês ou duas por dia em média. Ore pelos cristãos vítimas desses ataques, para que Deus os guarde e fortaleça em meio à turbulência.

 

Fonte: https://www.portasabertas.org.br

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