Pesquisadores concluíram que o campo, conhecido pela detenção de presos políticos, está ativo

Fonte: Portas Abertas

Imagens de satélite no primeiro semestre de 2024 mostraram parte de um campo de prisão na Coreia do Norte. O Campo 18, conhecido como o “Campo de Concentração de Bukchang”, é o local em que presos políticos, “kwan-li-so” em coreano, cumprem sentenças longas, sob trabalho forçado.  

Pesquisadores do Comitê de Direitos Humanos na Coreia do Norte estudaram as imagens capturadas pelo Google Earth, um software de geolocalização internacional, e concluíram que o campo de prisão está ativo, apesar das alegações de autoridades do país de ter encerrado as atividades.  

O governo norte-coreano afirma há anos que o campo de prisão está fechado e que um estudo das imagens do Campo 18 em diferentes anos mostra que muitas partes da estrutura foram demolidas. No entanto, nas novas imagens está visível que novos prédios foram construídos no campo prisional e que muitas áreas foram expandidas.   

 Doutrinação ideológica para presos 

Segundo analistas, é difícil determinar se as pessoas que estão trabalhando nos campos são prisioneiras ou trabalhadores regulares. Mas a quantidade de torres de vigilância, cercas de arame e perímetros murados, visíveis nas imagens de satélite, sugerem que não se trata de trabalho livre.  

De acordo com ex-presidiários, apenas uma pequena parte do Campo 18 era usada como “zonas revolucionalizantes”, ou seja, para “reeducar” os detidos sob as doutrinas do regime autoritário norte-coreano. Alguns poucos dos que sobrevivem são libertos após algum tempo mediante a submissão aos líderes da Coreia do Norte.  

Presos são submetidos a 12 horas de trabalho forçado na Coreia do Norte (foto representativa) 

Mas a maioria dos prisioneiros não saem do Campo 18 com vida. Os pesquisadores que analisaram as imagens de satélite do campo prisional encontraram uma região usada para enterrar os presos nas montanhas. Estima-se que havia 50 mil presos no local, mas é difícil calcular o número atual de detidos.  

Há cristãos no Campo 18?  

É um fato que muitos cristãos norte-coreanos são enviados para campos de prisão “kwan-li-so”, ou seja, para prisioneiros políticos, pois são vistos como ameaças ao regime autoritário. Se o Campo 18 continua funcionando como um local de detenção de presos políticos, é provável que alguns dos detentos sejam cristãos norte-coreanos.  

Nesse tipo de prisão, os detentos são obrigados a trabalhos forçados durante 12 horas por dia e mal ingerem 500 calorias por dia, além de serem submetidos a abusos verbais e físicos. Assim, os presos são vítimas de violações graves dos direitos humanos e, em muitos casos, simplesmente porque creem em Jesus.  

O Campo de Concentração de Bukchang tem minas e fábricas nas quais os detentos são obrigados a trabalhar em ambientes insalubres e, com frequência, em situações perigosas. O local tem um formato irregular e ocupa uma área de aproximadamente 71,5 quilômetros quadrados, onde há nove vilarejos oficiais e inúmeros vilarejos não registrados oficialmente pelo governo, onde provavelmente vivem os presos norte-coreanos.  

Especialistas da Portas Abertas estimam que 50 a 70 mil cristãos norte-coreanos estão presos no Campo 18 e em outros campos de trabalho forçado por todo o país. Hoje, no Dia da Fundação da Coreia do Norte, compartilhe esta notícia com um amigo e juntos orem pelos cristãos perseguidos na Coreia do Norte. Veja os pedidos de oração abaixo.   

Programas de rádio para norte-coreanos  

A única maneira de muitos cristãos na Coreia do Norte receberem conteúdo cristão é por meio de programas de rádio clandestinos. Uma doação permite que cristãos norte-coreanos isolados tenham acesso a transmissões de rádio que os encorajam na caminhada com Jesus. 

Pedidos de oração 

  • Interceda pela saúde mental e física de todos os cristãos presos na Coreia do Norte.  
  • Clame a Deus para que as autoridades norte-coreanas tenham o coração transformado e parem as graves violações dos direitos humanos.  
  • Ore para que Deus proteja os cristãos secretos norte-coreanos e que a igreja continue a crescer apesar da perseguição.  

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