O país já enfrentava crises político-econômicas e tornou-se um caos com as inundações
Fonte: Portas Abertas
“É difícil quantificar o impacto da calamidade que estamos vivendo”, disse Shamel*, membro da equipe de resgate nas inundações do Paquistão. As enchentes aconteceram pela combinação do derretimento das geleiras, chuvas volumosas e transbordamento de reservatórios de água, gerando uma catástrofe no Oeste do país.
As autoridades relataram que um terço do país está alagado. “Lagos e o Mar Arábico fundiram-se. Mesmo depois de muitas semanas, a água continua subindo. Casas e estradas são levadas, aumentando o número de desabrigados diariamente. É aterrorizante pensar em quantos corpos foram levados pelas enxurradas”, afirmou outro voluntário.
Oficialmente, mais de 1.300 mortes foram confirmadas e 33 mil pessoas foram deslocadas da região. O ministro da economia estima que os danos ultrapassam 10 bilhões de dólares. O Paquistão já enfrentava problemas como a crise econômica, violência e instabilidade política. As enchentes recentes levaram o país ao completo caos e aumentou as incertezas.
Cristãos afetados
O Paquistão é o 8º país na Lista Mundial da Perseguição 2022, documento da Portas Abertas que classifica os países em que os cristãos são mais perseguidos.
Os cristãos são considerados cidadãos de segunda classe e enfrentam discriminação em todos as esferas da vida. Os líderes da igreja podem ser presos se não cumprirem os desejos das autoridades — essa é uma ferramenta de intimidação à minoria no país. Durante a pandemia de COVID-19, os cristãos só eram ajudados se se convertessem ao islã. As leis de blasfêmia continuam a ser utilizadas para acusar não muçulmanos de insultar o profeta Maomé ou o Alcorão. Além disso, uma epidemia silenciosa de sequestros, casamentos e conversão forçada de meninas e mulheres cristãs continua a ocorrer no Paquistão.
Parceiros da Portas Abertas, do ministério local Alive, disseram que os cristãos que já estavam com dificuldades, agora estão ainda mais carentes de oração e apoio.
“Estima-se que as águas retrocederão em três meses. As escolas, clínicas e comércio local ficarão interditados nesse período. A água está suja, os peixes adoeceram e as lavouras estão destruídas. Mesmo o pouco que restou está em risco, pois homens têm vindo em barcos para roubar alimentos e levar nossas meninas. Sabemos quem eles são, mas não podemos denunciá-los por sermos cristãos. Uma palavra pode nos levar à morte”, afirmou Gimy*, uma cristã que trabalha na agricultura. Ela faz parte dos cristãos tribais que vivem próximo às áreas atingidas.
“Obrigada por estar aqui. Quando vi seu carro, achei que era uma alucinação. Você veio nos ver! Obrigada por se preocupar, por nos ouvir e ajudar. Obrigada”, disse Gimy ao parceiro local que a visitou.
Você pode ajudar cristãos perseguidos no Paquistão e em mais de 70 países em que a Portas Abertas atua, para que recebam alimento, remédios e Bíblias, atendendo as necessidades urgentes dos irmãos na fé. Clique no link para saber mais.
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