Os sequestradores mantiveram a missionária de 83 anos sob seu poder durante cinco meses
Fonte: Portas Abertas
A missionária Suellen Tennyson, de 83 anos foi libertada ontem, 31 de agosto. Ela tinha sido raptada por homens armados enquanto servia na comunidadeSanta Cruz, em Yalgo, Norte de Burkina Faso. “É uma grande alegria anunciar a todos que a missionária Suellen Tennysson está livre dos sequestradores. Ainda não sabemos como ela foi liberta, mas estamos muito agradecidos”, declarou o líder cristão Théophile Naré.
Théophile também garantiu que a missionária está em um lugar seguro e está com boa saúde. Ele agradeceu a todos que oraram para que Suellen fosse libertada e aos parceiros da Portas Abertas em Burkina Faso, que também confirmam a boa notícia.
Suellen Tennyson nasceu nos Estados Unidos e desde 2014 serve como missionária na comunidade de Yalgo. No dia 5 de abril deste ano, homens armados invadiram a comunidade e, depois de vandalizar os quartos de outros missionários e danificar o veículo da instituição, raptaram a missionária.
Os sequestradores ainda não foram identificados, mas acredita-se que fazem parte de um grupo militante islâmico que tem atacado o Norte de Burkina Faso nos últimos anos. Em algumas vilas não existem mais cristãos. No começo de 2022, a insegurança e a incapacidade do governo em lidar com a situação levou ao golpe dos militares contra o presidente Roch Kabore. O líder do golpe, tenente Paul-Henri Sandaogo Damiba nomeou a si mesmo como o novo presidente.
Perseguição a cristãos em Burkina Faso
O país está em 32º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2022, documento publicado pela Portas Abertas e que classifica os 50 países que mais perseguem cristãos no mundo.
Burkina Faso está localizado em uma região onde grupos islâmicos têm uma enorme e crescente influência. O governo central é muito fraco, principalmente no Leste do país, onde a lei islâmica é implementada informalmente por grupos que ganharam o controle sobre a região. A violência jihadista tem aumentado rapidamente nos últimos anos, e extremistas exploraram a fraqueza do governo durante a crise da COVID-19 para assumir o controle da infraestrutura do país. Isso tem levado ao fechamento de centenas de igrejas, enquanto muitos cristãos estão entre os que fugiram de casa por causa de ataques extremistas. Há mais de um milhão de deslocados internos em Burkina Faso, dos quais muitos são cristãos.
Os cristãos ex-muçulmanos enfrentam a maior perseguição. Membros da família e da comunidade muitas vezes os rejeitam e tentam forçá-los a renunciar à fé cristã. Muitos têm medo de expressar a fé em público por causa de tais ameaças. Apesar de os ataques extremistas terem como alvo todos os cristãos, os ex-muçulmanos enfrentam perseguição adicional de seus familiares e comunidades. Cristãos no Norte e Leste do país experimentam mais pressão e violência, principalmente fora das principais cidades. No Oeste do país, grupos etno-religiosos também colocam pressão sobre cristãos.
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