O cristão norte-coreano Timothy fugiu duas vezes para a China após os pais deixarem a Coreia do Norte quando ainda era criança

Fonte: Portas Abertas

Hoje vamos conhecer mais sobre a história de Timothy*, cristão norte-coreano que concedeu entrevista exclusiva à Portas Abertas Brasil e de quem já falamos um pouco. O fato de os pais fugirem da Coreia do Norte fez Timothy ser classificado como “filho de traidores”. Por isso, não teve mais acesso a educação, apesar de não ter sido ele quem supostamente traiu o país.


Ao tentar entrar no exército, a resposta foi que não podia. Isso acabou com a única esperança que possuía. Viver nas ruas, pedir comida, dormir no concreto e sobreviver, tudo isso já era ruim, mas, quando viu seus sonhos se despedaçando, decidiu fugir. O pensamento que tinha era que qualquer lugar seria melhor que a Coreia do Norte.


Apesar disso, cruzar a fronteira foi difícil. Timothy pensou em viver na China, mas caso fosse denunciado, seria preso e enviado de volta à Coreia do Norte. Após cerca de duas semanas, conheceu um missionário que lhe ofereceu abrigo. Apesar de achar que fosse um sequestrador, foi com ele. Mas por pensar que fariam algo com ele ou lhe dariam remédios para dormir e o levariam a um local desconhecido, fugiu no mesmo dia. “Na realidade, aquela foi a primeira oportunidade que Deus me deu, mas eu não entendi. Na época, não sabia da existência de Jesus e fugi da oferta dele.”


Após fugir da casa segura, Timothy foi preso ao tentar passar pela fronteira da China com a Mongólia e enviado de volta para a Coreia do Norte. Apesar das coisas terríveis vividas no país de origem, conseguiu fugir de novo para a China. Dessa vez, foi a uma escola americana em busca de ajuda para entrar em um país democrático, mas acabou novamente na prisão. Confira o final da história de Timothy em notícia que será publicada na próxima semana.

*Nome alterado por segurança.


Cristãos norte-coreanos

São muitos os riscos enfrentados por cristãos norte-coreanos que decidem cruzar a fronteira com a China. Eles são considerados “desertores” e, se encontrados pela polícia chinesa, são enviados de volta para a Coreia do Norte, podendo até mesmo ser executados. Sua ajuda os mantém vivos. Uma doação ajuda na distribuição de alimentos e apoio para cristãos norte-coreanos refugiados nas casas seguras na China.

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