Dois mil cristãos fazem apelo público pelo fim da perseguição
Homens armados identificados como membros do grupo islâmico “Al Shabaab”, mataram cinco pessoas na semana passada, em um ataque contra aldeias na província de Cabo Delgado.
Os atacantes incendiaram 44 residências. Uma das vítimas era uma criança que estava dormindo em uma dessas casas. As vítimas foram assassinadas com golpes de facão e disparos de armas de fogo.
Desde o início da onda de ataques, no final de maio, foram registradas a morte de 29 pessoas (a grande maioria cristãos) e cerca de 400 casas destruídas
Após os governos dos Estados Unidos e Reino Unido pediram que seus cidadãos não viagem para a região norte de Moçambique, Portugal fez o mesmo, alertando sobre ataques de “um movimento insurgente de matriz islâmica”.
Segundo testemunhas, os soldados também saquearam a aldeia de Maganja, roubando arroz, outros produtos alimentares e alguns animais, como cabritos. “Os ‘Al-shabaab’ mataram cinco pessoas na aldeia”, explicou neste domingo à imprensa o enfermeiro Adrissa, que mora em Macomia. “Ainda não se sabe o número total de feridos pelo incêndio das casas”, explica.
As autoridades ainda não se pronunciaram sobre os novos ataques, os quais mostram a falha do governo em proteger a população, em especial os cristãos que são o alvo preferencial dos jihadistas.
Clamor a Deus
Cerca de dois mil cristãos, representando diversas igrejas do Moçambique, reuniram-se sábado, na capital Maputo, em um culto onde levantaram, através de orações, um clamor a Deus, pedindo o fim dos recorrentes ataques em Cabo Delgado.
O encontro foi organizado pela Assembleia de Deus em Moçambique, ministério de Tlavane, que acredita ser urgente a intervenção das autoridades para pôr fim aos massacres.
“É nosso dever orar pelo próximo e garantir o seu bem-estar. Nós, como igreja, devemos nos unir e orar para que a paz prevaleça no nosso país. Apelamos, acima de tudo, para a tomada de medidas urgentes, com vista a acabar com o sofrimento dos nossos irmãos em Cabo Delgado”, afirmou o superintendente da AD em Moçambique, Tiago Manhiça.
Ele explica que nos próximos dias serão enviadas verbas coletadas entre os fiéis para apoiar as comunidades afetadas naquela província.
Fonte: https://noticias.gospelprime.com.brCom informações Club of Mozambique,TVi24 e Jornal Noticias
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