População será a maior prejudicada com proibição de iniciativas sociais da igreja

Em uma nova onda de repressão a grupos religiosos na Eritreia, o governo está fechando todas as iniciativas sociais administradas pela igreja. Mussie Zerai, um líder cristão eritreu que mora na Itália, contou à agência de notícias cristã Fides que nos últimos meses o governo fechou cinco clínicas de saúde cristãs e já começou a intervir na educação também. Ele diz que a maior prejudicada será a população, pois a assistência oferecida pelo governo não é suficiente.

“Em Xorona, por exemplo, eles fecharam o único lugar de distribuição de remédios em funcionamento, que era administrado por cristãos. Em Dekemhare e Mendefera, as autoridades proibiram as atividades de centros médicos cristãos e afirmaram que eles são uma duplicação dos centros estaduais. Mas na realidade os centros médicos do governo não funcionam: não têm medicamentos e não podem fazer cirurgias porque não têm equipamentos apropriados, e às vezes, não têm nem eletricidade”, afirma o líder cristão.

Em setembro do ano passado, a tentativa do governo de tornar todas as escolas públicas (e acabar com as religiosas) levou a um raro protesto nas ruas de Asmara. Quando a igreja católica se recusou a fechar uma escola, uma freira e um padre foram presos. A Eritreia ocupa a 6ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2018, sendo um dos países onde é mais difícil viver como cristão. Ore pela Igreja Perseguida na Eritreia.

Fonte: https://www.portasabertas.org.br/

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