Após se converter, Lela foi ameaçada de morte, perdeu a guarda da filha e teve que deixar o país por motivos de segurança.
Lela sempre se identificou como muçulmana, por mais que ela não fosse a mesquita com muita frequência. Ela, uma mãe divorciada de 30 anos, conta que uma reportagem de TV a fez pensar melhor sobre sua condição religiosa.
Ela observou o relato de um ataque à um grupo cristão egípcio, onde um dos cristãos dizia: “Os muçulmanos nos odeiam”. A reportagem gerou uma conversa bastante conturbada Lela e seus amigos. Ela mostrou que pensava diferente da maioria ao dizer: “Nós não temos que odiar os cristãos e nem devemos usar de violência contra eles”.
Nesse instante, ela ouviu uma amiga dizer que no Alcorão realmente contém versos que inspiram os muçulmanos a matar pessoas que não professam a fé islâmica. A observação a fez pensar se realmente era uma muçulmana. Levando o tema para alguns amigos cristãos, ela então percebeu que estava do “lado errado”.
Uma nova fé
Apesar de estar feliz em sua nova fé, Lela teve complicações severas em sua vida. Se já é difícil compartilhar o evangelho entre os muçulmanos e também proibido falar de Cristo em toda a Península Arábica, imagine para ela, uma cristã. “Um dia, minha filha Nadine*, de 11 anos, voltou da escola chorando e me disse que não queria mais voltar lá, pois estava com medo”, compartilhou.
O que teria acontecido com Nadine? Segundo o relato de sua mãe, ela havia aprendido que “as almas dos mortos seriam punidas severamente, caso não tivessem tido uma boa vida”. Após esse incidente, Lela decidiu contar a ela sobre as boas novas do Evangelho, afirmando que o que ela havia aprendido era mentira. “Deus nos ama e não quer torturar ninguém. Ele só quer amar você. Só devemos segui-lo”, explicou.
Coragem e Fé
Em determinado episódio, Lela decidiu enfrentar um líder muçulmano. Ela o questionou com coragem: “Amo os muçulmanos, mas tenho algumas perguntas sobre o Alcorão”. Ele disse que não podia dar as respostas sem antes pensar e, quando ela lhe apresentou uma lista de questões, ele passou a se esquivar.
O líder muçulmano disse que “aquela reunião havia terminado”. De acordo com Lela, ele não foi capaz de lhe responder às perguntas mais básicas sobre Deus: “Agora, olhando para trás, vejo que Deus estava pouco a pouco abrindo meus olhos para a verdade. Ele estava preparando meu coração para receber o Evangelho”, disse.
A menina Nadine seguiu o exemplo de sua mãe e também se converteu ao cristiansmo, mas acabou revelando o segredo aos seus familiares. Por esse motivo, Lela começou a receber ameaças de morte. “Se eles me matarem, eu morrerei por Cristo. Eu ficarei bem porque estou em suas mãos”, diz a cristã. Infelizmente a família de Lela ganhou a guarda de Nadine na justiça e ficou com a garotinha. Por segurança, Lela foi obrigada a deixar o país. Essa é uma escolha que nenhuma mãe deveria ter que fazer: deixar sua filha ou morrer. Lela escolheu viver, mas agora enfrenta as duras consequências por essa escolha. Os nomes Lela e Nadine são fictícios, por motivos de segurança.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO PORTAS ABERTAS
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