Cristãos perseguidos e temerosos podem socializar em igreja transformada em centro de convivência       

Apesar das condições difíceis, a esperança do povo de Bagdá vem ressurgindo aos poucos com a ajuda do pastor Afram. Ele viu o número de fiéis de sua igreja cair quando mais e mais pessoas deixavam a capital iraquiana, a cidade onde a maioria dos cristãos do Iraque viviam até 2003. “A situação de segurança em nossa cidade ainda não é muito boa por causa dos bombardeios. Para os cristãos isso significa que a maioria deles permanece em casa depois da escola ou do trabalho. Eles não saem, não se socializam”, explica o pastor.

Afram teve a ideia de transformar sua igreja em um lugar não apenas para os cultos normais, mas também um lugar onde jovens e idosos poderiam passar tempo juntos e participar de atividades que facilitassem a interação uns com os outros. Assim, dez minutos após o culto, as duas salas ao lado da igreja estão repletas de pessoas sentadas em confortáveis ??cadeiras. Homens, mulheres, jovens e crianças. “Esse centro realmente supre uma necessidade profunda. Usamos o espaço com frequência e mais pessoas vão ao culto e ficam depois para conversar”, diz o pastor.

REALIDADE AINDA É DIFÍCIL, MAS HÁ UM OÁSIS NO DESERTO

Em Bagdá, todos os civis têm uma vida difícil. Os cristãos compartilham a mesma situação que todos os outros habitantes dessa cidade de sete milhões de habitantes. Quase diariamente, em algum lugar ou em volta da cidade explode uma bomba, matando muitas pessoas de todas as origens religiosas. Por isso, “é muito importante que a igreja ofereça esse tipo de atividade”, afirma uma das mulheres.

O espaço que o pastor Afram abriu em sua igreja é um “centro de esperança”, um lugar onde as pessoas podem encontrar esperança através de todas as atividades que a igreja oferece. “Em primeiro lugar, através dos cultos habituais da igreja. Em segundo lugar, pela possibilidade de se encontrarem e passar tempo juntos”, diz o pastor.

A realidade dos cristãos em Bagdá ainda é bastante desafiadora. “Todos estão pensando em sair, estão se preparando para deixar o Iraque. É muito difícil, mas com o centro estamos trabalhando para lhes dar esperança”, diz Afram. Ele testemunha como organizar e oferecer as atividades às pessoas faz uma grande diferença. “Alguns me disseram: Você está dando esperança para nós, você nos dá algo que nos faz feliz novamente. Esta igreja estava quase fechada, agora está cheia”, conclui.

A Portas Abertas trabalha com igrejas locais para servir os cristãos perseguidos, a fim de que a igreja de Cristo continue viva na região. O desafio é atender as necessidades espirituais e também as físicas. Você pode saber como se envolver clicando aqui.

Fonte: https://www.portasabertas.org.br

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