A luta pelas terras na região do Cinturão Médio coloca a vida dos cristãos em risco e as autoridades não resolvem o problema

Há poucos dias, informamos sobre um incidente ocorrido com o líder cristão Ibrahim Maisaje, na ocasião em que a aldeia de Panwasa Mada, que fica no estado de Nasarawa, foi invadida por pastores fulanis (fazendeiros muçulmanos nômades). Mas o ocorrido não é um fato isolado, de acordo com outro líder da região, Abel Dauji. Segundo ele, há um ano, um cristão de Obi, cidade que fica no Estado de Benue, foi morto por peregrinos armados, enquanto ele armazenava madeira em sua fazenda. Joseph Kurah também era um dos líderes da igreja nigeriana e deixou uma esposa e sete filhos.

As disputas pelas terras em certas regiões do país estão servindo de pretexto para a violência intensa em áreas do Cinturão Médio (termo geográfico da região central nigeriana), onde inúmeras vidas já se perderam em conflitos armados. Muitos especialistas agora acreditam que essa região foi responsável por mais mortes do que aquelas causadas pelo grupo extremista islâmico Boko Haram.

“As autoridades locais e federais não estão fazendo o suficiente para resolver o problema”, diz Dauji. Segundo ele, a maioria dos policiais são muçulmanos, além disso, muitos deles são proprietários de gado que vivem em outras regiões e que pagam os fulanis para cuidar de seus animais. Há leis que protegem os fazendeiros, mas aqueles que normalmente cuidam do gado são jovens e eles desconhecem a legislação. “Nós encorajamos os líderes e membros de igrejas a não recorrer à violência e sempre lutar por um acordo pacífico nessas questões”, conclui Dauji. Ore pela Igreja Perseguida na Nigéria e interceda pelos nossos irmãos fazendeiros.

Fonte: https://www.portasabertas.org.br/noticias

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