SUDÃO
Líderes cristãos foram surpreendidos por agentes que invadiram a igreja; segundo eles, a demolição não estava prevista

Nos últimos dias, funcionários do governo sudanês demoliram uma das igrejas no Sudão, na região de Soba, ao sul de Cartum. Dois membros foram detidos e interrogados e só mais tarde liberados. O Serviço Nacional de Inteligência e Segurança (NISS – sigla em inglês) decidiu levá-los por terem se recusado a abrir a porta da igreja para eles. O governo alega que, com uma semana de antecedência, a liderança da igreja recebeu um aviso, mas eles se defenderam dizendo que ninguém notificou sobre a demolição.

O incidente aconteceu às 14hs do domingo, quando os agentes entraram e começaram a destruir o santuário, dois escritórios e o local usado para as aulas dominicais. A igreja fazia parte dos 27 casos enquadrados nos termos da lei que previa a demolição por “desafiar uma ordem do governo”. De acordo com a CSW (Christian Solidarity Worldwide – Solidariedade Cristã Mundial), um tribunal de Cartum havia rejeitado o caso e como houve atraso nos procedimentos legais, os advogados das igrejas envolvidas ainda não tinham registrado o recurso.

Segundo um grupo que defende o cristianismo no país “o governo pretende diminuir ou remover a presença cristã no Sudão”. A justificativa política é que as igrejas estão construídas em terrenos designados para outros usos. A igreja demolida era o único local que havia sobrado para os cristãos se reunirem naquela região. Os líderes decidiram tomar medidas legais contra o governo, já que a demolição aconteceu mesmo após os apelos contínuos. Eles também planejam conversar sobre a necessidade de organizar um novo local onde a comunidade cristã possa se reunir.

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